quinta-feira, 26 de julho de 2012


Paralisação de caminhoneiros ocorre sem transtornos no Estado 
Segundo avaliação da PRF, não houve redução significativa na circulação 
de caminhões nas rodovias gaúchas


POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/DIVULGAÇÃO/JC
Principal manifestação foi na BR-392, quando a PRF impediu interrupção do tráfego
Principal manifestação foi na BR-392, quando a PRF impediu interrupção do tráfego
A greve geral dos caminhoneiros iniciada ontem e capitaneada pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) não implicou maiores impactos no tráfego das rodovias gaúchas. O chefe de comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio Grande do Sul, Alessandro Castro, informa que o único protesto mais intenso até o final da tarde de ontem ocorreu na BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, quando cerca de 30 caminhoneiros tentaram bloquear a estrada e forçar caminhões a pararem em um posto de combustível. Os pneus de um veículo foram furados.
Nesse caso, foi necessária a intervenção da Polícia Rodoviária Federal para que os manifestantes não interrompessem o fluxo de veículos pesados. Houve outras ações espalhadas pelo Estado, mas sem interrupção do trânsito. Castro diz que foi possível perceber uma pequena redução da circulação de caminhões, porém o chefe de comunicação acrescenta que, normalmente, no Dia dos Motoristas (celebrado ontem) é comum se verificar uma diminuição, já que esses profissionais costumam realizar confraternizações. Castro acrescenta que o fato de a Justiça Federal ter concedido liminar proibindo a interrupção das rodovias facilitou que a tranquilidade no trânsito fosse preservada.

Em Minas Gerais, houve quatro protestos em pontos diferentes, com interdições parciais de rodovias federais. Segundo a PRF, caminhoneiros fecharam parcialmente o trecho leste da BR-381, próximo a João Monlevade, e também o sentido Rio de Janeiro da BR-040, em Nova Lima (região metropolitana de Belo Horizonte). No Centro-Oeste e no Sul mineiro também foram registrados protestos, porém com menor intensidade. No Espírito Santo, segundo a PRF, os grevistas fizeram bloqueios em pelo menos três pontos da BR-101.

No Paraná, o setor mais atingido pela greve dos caminhoneiros foi o de cargas agrícolas, cujo transporte depende quase que exclusivamente de motoristas autônomos, promotores da paralisação. Na rodovia que leva ao porto de Paranaguá, por exemplo, um dos principais portos graneleiros do País, a queda no fluxo de caminhões foi de 38% em relação ao dia anterior, de acordo com a concessionária Ecovia. Já no interior do estado, cujas rodovias levam ao Paraguai e ao Mato Grosso (grandes produtores de grãos), houve queda de até 30%. A redução foi maior durante a manhã, já que muitas transportadoras preferiram segurar os caminhões nos pátios até o meio-dia para garantir que não haveria tumultos ou piquetes, o que acabou não ocorrendo.

O presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos dos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Fecam), Eder Dal’Lago, destaca que a sua entidade é contrária a esse tipo de greve. “E pelo o que eu vi, os motoristas de caminhão, pelo menos no Rio Grande do Sul, não estão parando”, afirma o dirigente. Ele argumenta que o movimento não tinha uma pauta de reivindicação satisfatória. O MUBC reivindica a reavaliação por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de algumas novas normas que regem o setor de transporte de cargas. “Hoje temos uma lei que regulamenta a profissão, tem que ser melhorada, mas não é assim que se faz, temos que negociar, e a ANTT está aberta para isso”, relata Dal´Lago. O presidente da Fecam acredita que a greve não terá uma longa duração.
Fonte: Jornal do Comércio

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